sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Tempo da Vida

Na vida, tudo tem o seu tempo.
Constantemente, ouço pessoas comentado que estão cansadas da sua vida, que precisam imediatamente fazer alguma coisa para mudar isso.
Agora, preste atenção ao que eu tenho para lhe dizer: não mude nada! Não mude qualquer coisa com pressa ou no ápice de sua emoção. Isso pode não dar muito certo.
Se tomarmos como modelo a agricultura, veremos que, antes da colheita, vem o preparo da terra. Quando decidimos plantar algo, precisamos observar algumas coisas, como o local, a época, o clima etc. Antes de a semente ir para o solo, precisamos arar a terra, decantá-la, irrigá-la, adubá-la e só depois desse processo todo é que podemos escolher a boa semente e levá-la ao solo. Depois, esperar e esperar o tempo certo para colher o que plantamos. Isso, sim, requer fé e paciência. Precisamos, ao plantar a semente, enxergá-la depois de colhida. Visualizar o fruto em nossas mãos, na banca da feira ou na mesa de nossa casa.
Conversando com uma amiga, descobri sua insatisfação com uma relação amorosa. Vendo seu conflito pessoal, percebi sua necessidade de viver um novo amor, mas o que me preocupou foi ver imediatismo nisso.
Uma coisa eu lhe digo, querido(a) leitor(a): não adianta querer tudo rápido e de qualquer jeito. É preciso respeito com os outros e consigo mesmo. A lei da física nos diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Precisamos resolver uma relação para depois nos envolvermos com outra pessoa. Não se rompe uma convivência, boa ou ruim, de no mínimo um ano, sem que isso nos afete de alguma forma.
No caso de uma relação violenta, ficam o medo e a falta de confiança na próxima pessoa que fará parte da nossa vida. É preciso nos acostumar a viver com nossa própria presença, da qual estivemos distantes, para depois dividir o espaço com outra pessoa. Nessa situação, a solidão temporária serve como um remédio para a nossa alma.
Vejo também pessoas que fazem o contrário: ao se separarem, saem como feras pelas noites, bebendo e fumando como se só tivessem um dia de vida e precisassem vivê-lo em alta velocidade. No outro dia, chegam até a se assustar com a pessoa que escolheram para levar para a cama. Se estivessem lúcidas, não o fariam.
Por isso, amigo(a), é que lhe digo: não se preocupe em resolver tudo de maneira impensada e imediata, você poderá se arrepender muito disso. Na hora de terminar uma relação, lembre-se dos bons momentos que viveram juntos e de tudo o que foram capazes de construir: isso deverá ter mais peso que as coisas ruins. Depois, se a separação for mesmo inevitável, prepare sua vida de acordo com suas necessidades, respeite-se, espere que seu coração se cure antes de se entregar a outro alguém.
Já em um novo relacionamento, dê tempo para ele tome forma e se construa aos poucos. Se possível, namore sem pressa, sem se preocupar em juntar os chinelos numa nova aventura. Espere para que a pessoa que você acha que é o amor da sua vida possa mostrar quem é de verdade, para que ambos possam conhecer bem um ao outro e a relação amadureça.
No mais, boa sorte e seja muito feliz!

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