És uma flor, a mais linda delas!
Plantada ao vento, simples e pura. Apreciada pelos olhos de
Deus disfarçado de sol e pelo o charreteiro que passa pela estrada pura e
coberta de relva.
Lutei contra moinhos de ventos a tua procura, enfrentei a
peste que mataria os pequeninos na madrugada. Salvei os que se escondiam por
trás dos muros das vilas... Os livrei dos ignorantes, pois, a pior ignorância
no homem, é não perceber que somos todos iguais, não porque saímos do mesmo
ventre, mas, porque somos filhos do mesmo Deus, não nos importando nossa classe
social, nem a cor de nossa pele.
Emprestaste teu cavalo branco com o qual andei na minha
labuta a procura de ti. Encantei-me, senti falta, sofri.
Um dia, encontrei-a vestida de gueixa que depois de passardes
por uma porta de papel me vestiu e me pôs a dormir... antes me deste o pano
quente para enxugar as feridas e o sangue que ainda ardiam em minha mão cansada
de segurar uma lança enferrujada... Dormi por uma semana inteira.
Acordei e vi teu rosto esbranquiçado de pó deitada ao meu
lado com ares de francesa, agora com um lindo rosto de espanhola...
Te amei no passado, onde te perdi por alguns séculos, mas,
agora, encontrei-te com o mesmo perfume de pele que havia sentido pela primeira
vez.
Amarei o teu rosto, guardarei o teu nome, vestirei sua pela,
matarei sua fome!
Eu era pela metade, agora...
Estou inteiro de verdade!
José Sandoval
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