terça-feira, 11 de junho de 2013

Seu Don Quixote!



És uma flor, a mais linda delas!
Plantada ao vento, simples e pura. Apreciada pelos olhos de Deus disfarçado de sol e pelo o charreteiro que passa pela estrada pura e coberta de relva.
Lutei contra moinhos de ventos a tua procura, enfrentei a peste que mataria os pequeninos na madrugada. Salvei os que se escondiam por trás dos muros das vilas... Os livrei dos ignorantes, pois, a pior ignorância no homem, é não perceber que somos todos iguais, não porque saímos do mesmo ventre, mas, porque somos filhos do mesmo Deus, não nos importando nossa classe social, nem a cor de nossa pele.
Emprestaste teu cavalo branco com o qual andei na minha labuta a procura de ti. Encantei-me, senti falta, sofri.
Um dia, encontrei-a vestida de gueixa que depois de passardes por uma porta de papel me vestiu e me pôs a dormir... antes me deste o pano quente para enxugar as feridas e o sangue que ainda ardiam em minha mão cansada de segurar uma lança enferrujada... Dormi por uma semana inteira.
Acordei e vi teu rosto esbranquiçado de pó deitada ao meu lado com ares de francesa, agora com um lindo rosto de espanhola...
Te amei no passado, onde te perdi por alguns séculos, mas, agora, encontrei-te com o mesmo perfume de pele que havia sentido pela primeira vez.
Amarei o teu rosto, guardarei o teu nome, vestirei sua pela, matarei sua fome!
Eu era pela metade, agora...
Estou inteiro de verdade!


José Sandoval

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