que mandem para o Sandoval,
um amor para toda a vida.
Brincava incansavelmente,
o mês era fevereiro,
dançando no meio da quadra,
pulava o dia inteiro.
Já eram umas sete horas,
a festa quase acabada,
sentia uma tristeza,
o amor ainda não chegara.
Amigos juntos estavam,
pois todos se deram bem,
uns deles bem acompanhados,
os outros nem sei com quem.
Saíram às escondidas,
do outro lado da quadra,
fiquei sonhando com o dia,
que eu também poderia,
sair com a musa amada.
Mas isso não acontecia,
ninguém me paquerava,
a lágrima do rosto descia,
a perna não obedecia,
chorando iria para casa.
Mas Deus que não desampara
um filho que ama o bem,
que se doa em seu melhor,
ajuda sem ver a quem.
Buscava eu a saída,
ali eu não acreditava,
podia melhorar o dia,
mas o que não sabia
que ela ali estava.
Seus olhos castanhos e lindos,
uma amiga ainda procurava,
desceu da escada caindo,
e eu amparei, sorrindo,
o corpo da minha amada.
Ficamos abraçadinhos,
como se fôssemos colados,
peguei suas mãos pequenas,
de esmalte avermelhado.
Olhando sua boca carnuda,
não consegui controlar,
pegando em sua cintura,
cheguei até a suspirar.
Igual a ela não tinha,
na festa da matinê,
eu disse, todo sem graça,
tão linda quanto você,
não há ninguém parecida,
és o amor da minha vida,
seu nome? Ninguém vai saber...rsrsrs
(José Sandoval)